“A CIGANITA” Cervantes, Miguel de
Edições Quasi
A Ciganita, pequena novela do famosíssimo escritor Miguel de Cervantes, narra a história de um nobre que se perde de amores por uma bela cigana, de seu nome Preciosa. Posto isto, o rapaz decide levar a vida nómada característica dos ciganos para provar o seu amor por Preciosa.
Passam-se
algumas peripécias, naturalmente, senão a história ficava curta demais, e os
jovens acabam por ficar juntos – com o bónus de a cigana descobrir que, afinal,
também é nobre. Confesso, achei este final bastante curioso: a cigana não era
como as outras, era honesta, era sensata, era sensível, era linda.
No final, ao
transformar a cigana em nobre, não estará implícito que todas as ciganas sejam
falsas, ladras, desonestas? – porque, precisamente, a cigana era boa porque não
era cigana. O que parecia ser uma excepção, um louvor, um não a um estereótipo,
acabou por não o ser.
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