- “ Eu,
Sara, me confesso” – Sara Norte
“ Sara Norte
tinha tudo para ser uma jovem diferente, bem-sucedida.
Filha de pais
atores, Vitor Norte e Carla Lupi, cedo mostrou interesse pelo mundo artístico,
quer através das suas brincadeiras de criança quer pela vontade de participar
ativamente no meio e, com a sua simpatia e profissionalismo, acabou, também,
cedo por encantar quem a viu em cena.
Aos quatro
anos fez o primeiro anúncio televisivo. Posteriormente muitos outros. Entrou na
Rua Sésamo, aos oito anos na ópera Falstaff, aos doze na famosa série
televisiva Médico de Família e, anos depois, na telenovela Lusitana Paixão.
As suas
convicções eram fortes e o sonho era ir estudar Teatro para Londres, mas também
fazer um curso superior que lhe permitisse ter segurança profissional e
financeira. Tudo era disciplinado e fazia sentido, até um dia… o dia em que a
sua estabilidade emocional e familiar abalou e o seu mundo desabou!
Sara passou
por muitas fases más, negras até. Dos sofrimentos familiares, ao envolvimento
com as pessoas erradas no sítio errado que a levaram ao mundo da droga, da
cocaína, aos comprimidos de extasy,
às consecutivas viagens a Marrocos para traficar haxixe que acabaram por
culminar na sua detenção e prisão.”
- “
Amada Vida” – Alice Munro ( Prémio Nobel da Literatura 2013)
“ Alice Munro
possui um inigualável talento – o de nos transmitir de modo conciso a essência
da vida. E é sob a forma de contos que o faz, de novo, em Amada Vida.
História a
história, Munro destaca os momentos em que a vida é profundamente transformada
por um encontro casual, uma ação não realizada, ou mesmo por um desvio no
destino que faz alguém alterar o seu trajeto quotidiano ou modo de pensar.
Uma poeta, na
sua primeira festa literária em território inóspito, é salva por um colonista
de jornal, acabando por partir numa viagem através do continente que a leva a
um inesperado encontro.
Um jovem
soldado, ao regressar da segunda Guerra Mundial para os braços da sua noiva,
sai do comboio antes da sua estação, encontrando numa quinta uma mulher com
quem inicia nova vida.
Uma jovem
mantém um caso com um advogado casado, contratado pelo pai para gerir os seus
bens. Quando a relação é descoberta, ela encontra uma forma surpreendente de
lidar com a chantagista.
Uma rapariga
que sofre de insónias imagina, noite após noite, que assassina a irmã mais
nova.
Uma mãe
resgata a filha no exato momento em que uma mulher tresloucada invade o seu
quintal.
A maioria
destas histórias ocorrem no território natal de Alice Munro – as pequenas vilas
em redor do Lago Huron, no Canadá – embora, por vezes, os personagens se
aventurem na cidade.
Estes contos
mostram-nos – nas partidas, nos novos começos, nos acidentes, nos perigos e nos
regressos, tanto imaginários como reais – que o quotidiano da nossa vida pode
ser tão estranho e arriscado como belo.”
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