18/01/2012

Concurso Nacional de Leitura - comentários

Das experiências de leitura das obras do Concurso Nacional de Leitura, partilhamos também os comentários de alguns leitores, do secundário:



Com a leitura do livro O Mandarim pude refletir e compreender que vivemos numa sociedade consumista e obcecada pelo dinheiro.
Nesta obra do autor português de renome, Eça de Queirós, compreendi que o dinheiro não é, de facto, o mais importante e não traz a felicidade. A personagem principal, Teodoro, enriqueceu “do dia para a noite” de uma forma ilícita e imoral. A ambição desmedida evidenciada não é uma atitude saudável, antes pelo contrário, é bem nociva. Como se pode comprovar através da experiência de Teodoro, quanto mais alto se sobe, maior será a queda, pois a ganância de ter cada vez mais e de ser rico, consumiu os seus valores morais, afastando também os seus amigos.
Esta história transmite uma mensagem muito importante, porque no mundo actual, a ideia de enriquecer sem mérito próprio ou sem esforço é encorajada e apoiada. Eu penso que esta mentalidade deverá ser modificada de modo a tornar as pessoas e o mundo melhores.
Mariana Sofia Menezes, 10º E

Com a leitura do livro O Mandarim pude refletir e compreender que só o que ganhamos e atingimos com o nosso esforço, dedicação, vontade e trabalho, e não o que conseguimos por mérito de outros ou por maldades e injustiças, nos faz plenamente felizes e nos enche o coração de satisfação e alegria. Também nos é dito que não devemos tentar alcançar os nossos objectivos tirando aos outros o que lhes pertence por direito, o que estes se esforçaram para obter, apenas para satisfazer os nossos desejos, principalmente, materiais.
É claro que esta acção egoísta, que aparenta trazer apenas consequências positivas como a riqueza e a felicidade plena, traz consigo o reverso que será a culpa, o sermos assombrados pelo “fantasma” da destruição da vida de alguém. Por isso, a leitura desta obra deu-me a possibilidade de entender que tudo o que alcançarmos nesta vida deve ser devido ao nosso esforço e trabalho, ao nosso próprio mérito.   
Maria Inês Lopes Paula , 10º A

No que diz respeito à leitura de Só Resta o Amor é um livro espantoso, não só pela forma como leva o leitor a imaginar as situações descritas, mas também pela facilidade de leitura e compreensão das histórias. Recomendá-lo-ia a um amigo pois gostaria que ele tivesse as mesmas sensações e sentimentos que em mim esta leitura despertou.
Também entendi que o Amor está muito mais implicado nas coisas que fazemos, e não só pelo facto de gostarmos de alguém. Um outro aspeto positivo deste livro é a forma simples como o autor descreve os acontecimentos, sem, no entanto, retirar a beleza de um livro muito prazenteiro de ler!
Pedro António Lopes Fernandes, 11ºB

É um livro que aborda um tema clássico, o Amor. Creio que este livro agradaria a um vasto leque de pessoas porque todos procuram amar ou ser amados.
Esta obra é de fácil leitura por ser constituída por vários pequenos contos que, de uma maneira ou de outra, abordam o sentimento do Amor. Em muitos deles, o amor está intimamente ligado à leitura e aos livros visto que as personagens expressavam o gosto pela leitura ou nela se refugiavam nos momentos de pausa e de lazer. No decorrer da obra, o autor escolhe mesmo inserir excertos de algumas obras de referência universal.
Para concluir, creio que Só Resta o Amor é uma boa leitura porque retrata histórias de Amor pouco convencionais onde nem sempre há um final feliz. Não são, portanto, apenas contos de fada como os que contam às crianças, estes retratam a realidade onde nem sempre tudo corre bem mas resta sempre algo…o amor.
Mariana Sofia Menezes, 10º E

“Só resta o amor” é um livro espectacular, de uma linguagem acessível, que nos dá a conhecer múltiplas vertentes do amor. Acima de tudo, faz-nos perceber que, como tudo na vida, o amor tem um lado bom e um lado mau, e que este último implica sofrimento que deve ser superado. Depois da desilusão, virá a paz e, quem sabe, poderemos vir a conhecer a felicidade(…)
Este livro faz-nos pensar sobre o amor, como algo que, por distracção ou por ilusão, nos leva a ser infelizes. Devemos estar atentos a todos os seus sinais, porque a qualquer momento nos pode `”bater à porta” e devemos estar receptivos para o deixar entrar, em paz. Este livro dá-nos paz interior e é essencial para compreender o amor.
Débora Pinto Duarte, 10ªC

Com esta leitura pude refletir e compreender que nem sempre termos a conta bancária recheada é sinónimo de felicidade, principalmente, quando todo esse dinheiro é dinheiro fácil, dinheiro que não tem uma gota de suor, que não tem o sinal da luta que enfrentámos para atingir os objectivos. Aprendi que se temos expectativas elevadas, temos que batalhar até chegarmos onde queremos e não esperar que, como se costuma dizer, “que as coisas caiam do céu.”
Considero que é importante ser-se um pouco ambicioso e de certo modo egoísta, não em demasia, para quando ultrapassarmos todas as barreiras e chegarmos à meta, podermos dizer: Sim, cheguei, é verdade, cheguei até aqui, mas fui eu! Eu! Com o meu esforço e dedicação! Isto dá-nos uma sensação de liberdade e autonomia e não de culpa e remorsos. Descobri que há alturas em que as nossas crenças e dogmas são postos à prova e aí mudamos, ou não…
Ana Sofia Mergulhão, 10º A


Este livro mostra as várias facetas do amor: o bom e o mau; mostra-nos que nem sempre tudo é como desejaríamos que fosse, que as histórias que nos leram em criança não se aplicam na vida real, pois nem sempre têm um final feliz. Em poucas palavras, acorda-nos para o mundo real, de uma forma suave, romanceada e não como um despertador que impõe uma mudança rápida, brusca e, por isso, nem sempre eficaz e duradoura. É um livro que nos cativa desde a primeira página, sem exageros, e só nos apetece ler mais e mais… Nas pessoas sonhadoras, como eu, fica o desejo de um dia poder amar e ser amada, como algumas personagens o foram, fica a vontade de lutar contra a ordem natural das coisas para alterar o rumo dos acontecimentos. 
                                                            Ana Sofia de Jesus Mergulhão, 10º A

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