15/12/2010

Gonçalo M. Tavres - escritor do mês

Para o mês de Dezembro escolhemos o escritor Gonçalo M. Tavares, por ter ganho, em França, "Le Prix du Meilleur Livre Étranger"  (o Prémio de Melhor Obra Estrangeira), como o livro "Aprender a rezar na hora da técnica".



Nasceu em 1970, em Luanda, Angola.


Foi bolseiro do Ministério da Cultura – IPLB com uma bolsa de Criação Literária para o ano 2000, na área da poesia. Em Dezembro de 2001 publicou a sua primeira obra : Livro da dança, na Assírio e Alvim. Recebeu o Prémio Branquinho da Fonseca da Fundação Calouste Gulbenkian e do Jornal Expresso com a obra O Senhor Valéry (editorial Caminho, 2002) e o Prémio Revelação de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores, com Investigações. Novalis (Difel). Publicou, ainda O Homem ou é tonto ou é mulher e A Colher de Samuel Beckett e outros textos. Em 2003 surge O Senhor Henri e Um Homem: Klaus Klump, sob a chancela da editora Caminho.


"Aprender a rezar na hora da técnica".


O livro publicado em Portugal, em 2007, pela Editorial Caminho, chegou este ano às livrarias francesas com o título Apprendre à Prier à l’ère de la Technique, numa tradução de Dominique Nédellec. Este livro é o quarto romance da série O Reino, da qual fazem ainda parte os livros Um Homem: Klaus Klump, A Máquina de Joseph Walser e Jerusalém. Aprender a Rezar na Era da Técnica foi também finalista de dois prestigiados prémios literários franceses: Femina e Médicis.

O romance conta a história de Lenz Buchmann, um médico que, a determinada altura, decide seguir a carreira política. Mais do que isto, o livro faz uma viagem pela condição humana, dando a conhecer uma personagem fria e calculista que despreza a sociedade.
O Prix du Meilleur Livre Étranger foi criado em 1948 por Robert Carlier e pelo seu amigo André Bay, em torno de um grupo de editores. Foi um dos primeiros prémios a debruçar-se sobre os livros traduzidos em França e tem sido muitas vezes uma "antecâmara do Nobel".
A longa lista de premiados contempla obras como O Homem Sem Qualidades, de Robert Musil ou Cem Anos de Solidão, de Gabriel García Marquez. Obras de autores como Mario Vargas Llosa, Günter Grass, Orhan Pamuk ou Philip Roth fazem também parte da lista de premiados.

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